Iara e eu passamos o feriado de finados em Buenos Aires e aproveitamos para ir ao teatro e também para visitar o Museu de Arte Latino-Americana (MALBA). No Museu visitamos duas exposições, uma com obras do acervo e lá estava Abaporu, de Tarsila entre tantas outras maravilhas. Frida, Diego, Di Cavalcanti, Portinari, Leon, Torres Garcia e muitos outros. A outra era uma exposição de beatriz Milhazes, que sinceramente não gostei. Não me agradam suas flores e frutas, decorativas demais pra meu gosto. Ou será que não entendi o que vi? Lembram muito antigas tolhas de mesa de linóleo, desculpe-me Beatriz e os que gostam de sua arte. No cardápio tinha um nhoque de abóbora com molho de mascarpone. Quando vi pensei, é este que vou pedir. Pedi calculando que se fosse bom faria em casa quando voltasse. Não deu outra.
Para o Nhoque ( dá para 4 pessoas)
Abóbora Cambotiá Média madura
4 Ovos
Farinha de trigo
Para o molho:
Caldo de cozimento da abóbora
1/2 Xícara de massa da abóbora em forma de creme
Sal a gosto
Cebolinha picada bem fina
Endro fresco picado (se não encontrar substitua por sálvia)
Descasque a abóbora e cozinhe com uma boa quantidade de água. Retire da água e misture com o mixer ou passe na peneira ou no liquidificador. O importante é fazer um creme homogêneo com a massa da abóbora. Não jogue fora a água, pois ela será utilizada no molho. Numa tigela junte a massa da abóbora com os ovos e mexa. Acrescente farinha aos poucos, mexendo sempre, até que a massa fique com a consistência de massa de bolo, mais pra mole do que pra dura. Numa panela grande coloque boa quantidade de água e salgue. Aí você vai cozinhar o nhoque. Quando ferver, despeje com uma colher de sobremesa um pouco da massa para testar se ela não vai desmanchar. Se desmanchar acrescente mais um pouco de farinha de trigo e teste novamente. Não desmanchando está no ponto. Vá pingando a massa toda na água com uma colher de sobremesa. Quando o nhoque boiar, espere mais uns dois ou tres minutos e retire. Coloque numa vasilha que possa ir à mesa.
Fazendo o molho:
Salgue parte da água do cozimento da abóbora e junte 1/2 xícara de massa da abóbora cozida batida no liquidificador, passada na peneira ou amassada com o mixer. Deixe ferver. Vai ficar um caldo cremoso (espessura de um molho branco ralo, não é creme). Despeje esse caldo fervendo sobre o nhoque, misture mascarpone (umas 4 colheres de sopa bem cheias), coloque o endro fresco picado ou a sálvia, misture bem e espalhe por cima a cebolinha picada. Você ainda deve colocar um pouco de mascarpone sobre o nhoque. Sirva bem quente.
Chamo de rústico esse nhoque porque é mais fácil de fazer, não precisa ficar enrolando, cortando etc. Mas se você prefere faça o nhoque tradicional. Em Buenos Aires serviam o tradicional. Tenho certeza que você vai gostar muito. O tempo que se gasta é o tempo de descarcar a abóbora, porque o resto se faz num tapa. E se você quiser ter menos trabalho cozinhe a abóbora com casca no microondas e raspe com uma colher. Separe meia xícara da massa e ponha ferver com água para o molho.
Grande Rasia. Esse nhoque foi um espetáculo!! Muito simples de fazer. Claro que, quando "fiz", estava ao lado do mestre. Mas creio que fui um bom assistente. Grande abraço
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