domingo, 21 de dezembro de 2014

Peperonata


Hoje posto aqui uma receita que pode servir tanto com aperitivo, quanto como acompanhamento para uma carne assada. É um clássico da cozinha italiana, que pode ser preparado com ou sem anchovas. Eu nunca preparei a receita com anchova, acho que a anchova fica muito forte e acaba com o pimentão. É uma receita muito fácil e de paladar suave.

1 pimentão vermelho
1 pimentão amarelo
1 pimentão verde
1 cebola média
4 tomates italianos maduros
1 dente alho
1 colher de sopa de óleo de oliva
2 folhas de louro
1 ramo de salsa
2 folhas de cebolinha
1 ramo de manjerona ou orégano
Folhas de manjericão ou um ramo de alfavaca
Sal
Pimenta do reino moída na hora.

Comece tostando o pimentão para tirar a pele. Corte-os em fatias de mais ou menos 1 cm de largura. Corte a cebola em rodelas finas. Pele os tomates e corte-os em seis fatias ao comprido, retire as sementes.  Coloque o azeite numa panela e refogue as cebolas, o alho e junte os demais ingredientes. Junte água sempre aos pouquinhos. Cozinhe  por uns 10 ou 15 minutos em fogo baixo para que os tomates não fiquem todos derretidos. Apague o fogo, retire os ramos dos temperos. Como aperitivo sirva frio acompanhado de fatias de pão. Nesta hora vc pode acrescentar folhas frescas de manjericão e um pouco mais de óleo de oliva.

Este pimentão fica incrivelmente delicioso, sem pele ele não fica indigesto, poiso que torna o pimentão desagradável é a celulose, portanto quem não come pimentão por este motivo não tenha medo. Esta receita é um prato cheio para os amigos vegetarianos, por isto ela vai pra Rachel Fiad, Michelle Torineli e Solange Kurpel.








domingo, 14 de dezembro de 2014

Cordeiro com Polenta de Pistache





Esta receita encontrei num livro se cozinha mediterrânea  há muito tempo. É daqueles receitas que a gente olha diz, esta eu vou fazer. Cada vez que abria o livro me vinha a idéia de fazê-la, até que hoje resolvi deixar de postergar e fazer para o almoço para ver se de fato é boa mesmo ou era só impressão. Na verdade estava mais interessado na polenta com pistache do que na carne, mas a combinação é maravilhosa e não dá trabalho nenhum.

Marinada do Carneiro

1/2 kg de costeletas de ou lombo de carneiro fatiado com osso. 
1 dente de Alho amassado
Casca ralada de limão Siciliano
1/2 colher de café Suco de limão 
1 colher de azeite de oliva
1 folha de loro
1 ramo de sálvia
Sal a gosto
Pimenta do reino moída na hora
Grãos de pimenta

Misture todos os temperos e coloque a carne e deixe marinar por umas duas ou três horas. Se quiser faça isto de véspera. Lembre-se de mexer a marinada algumas vezes.

Para a Polenta

1 Copo de polenta pré-cozida
Água ne
1 Colher de sopa de manteiga
3 colheres de sopa pistache descascado e quebrado
3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado

Coloque 4 copos de água fria numa panela e misture a polenta instantânea. Se a mistura não tiver sal acrescente, acenda o fogo  e mexa até ficar cozida, de acordo com as instruções do fabricante. Normalmente eu cozinho um pouco mais do que o tempo constante nas instruções. Quando a polenta estiver cozida misture os demais ingredientes, mexa bem e despeje sobre um tabuleiro numa camada de mais ou menos 5 centímetros. Deixe esfriar.

Finalizando o a Receita.

Depois da polenta fria, corte em fatias de mais ou menos 2 cm. Aqueça muito bem uma frigideira (até começar sair fumaça), unte com azeite e coloque as fatias de polenta para dourar. Se a frigideira não estiver muito quente gruda tudo, portanto não tenha dó da frigideira, ela estará no ponto para assar a polenta quando começa sair fumaça! Vire as fatias e deixe dourar do outro lado.  Quando vc virar as fatias de polenta tá na hora de esquentar uma outra frigideira ou chapa  para grelhar a carne. Unte a chapa com um pouco de oleo e grelhe a carne até ficar no ponto. Se a polenta ficou pronta um pouco antes deixe-a na figideira quente até a hora de servir. 
Sirva tudo bem quente. A polenta "brustolada" pode ser substituída por polenta frita, só que fica mais gordurosa.  Facílimo de fazer e muito rápido esta receita mediterrânea

Hoje coloquei a carne para marinar logo cedo e fiz a polenta para que esfriasse bem até a hora de assar. Na hora de sdervir "brustolei" a polenta e  enquanto isto lavei umas folhas para a salada. Depois grelhei a carne. Foi um belo almoço de domingo com pouco tempo de cozinha. Além da  salada de folhas tinha  uma peperonata e um bom vinho tinto argentino.  Foi um belo almoço de domingo com pouco tempo de cozinha. 



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Batata, Repolho e Alho Porró Crocante





Esta receita pelo nome parece que não funciona, combinar batata com repolho! Mas não se espante funciona muito bem mesmo. O segredo é a forma como se prepara, que não pode ser mais simples, ou seja não tem segredo! Parece que estou brincando com quem consulta o blog, pois bem, estou brincando mesmo, porque é tudo de uma simplicidade tamanha que para chamar atenção deveria ter acrescentado batizado de Batata, Repolho e Alho Porró GOURMET, aí parece chic, gostoso nem sempre!

1 Mini repolho
2 batatas médias por pessoa
1/2 pé de alho porró (ou uma cebola média)
Pimentão vermelho 
Pimentão Amararelo
1 Ramo de orégano Fresco
1 ramo de sálvia
Ramos de tomilho
1 ramo de salsa
Sal
pimenta do reino
Azeite de oliva
1/2 colher de cafezinho de vinagre branco (opcional)

Corte a batata descascada em cubo ou rodelas e cozinhe na água com sal.  Corte o repolho em 4 pedaços e cozinhe no vapor. Salgue o repolho logo após tirar do vapor.  Deixe esfriar a batata e o repolho. Corte o alho porró (ou a cebola) em fatias bem finas e frite como no óleo até ficar bem dourada e seca. Não deixe queimar que fica insuportável. Fatie os pimentões crus e tire a pele com uma faca bem afiada fatie bem fino.
Junte os ramos e pique bem fino e junte com o azeite e o vinagre (opcional - eu prefiro não usar!). Misture bem. Misture uma parte do molho e os pimentões com a batata e disponha num prato. Em volta coloque os pedaços de repolho. Espalhe o restante do molho sobre o repolho e salpique tudo com o alho porró (ou cebola) crocante. Espalhe pimenta do reino moída por cima.

 De fato não tem nenhum segredo? Fica ótimo para acompanhar uma carne assada, tanto de boi como de porco. A gente usa muito cebola crocante para temperar vegetais cozidos, fica surpreendetemente bom. Ah, o segredo é usar um pouquinho de açúcar na fritura do alho ou da cebola, ficam dourados mais rápido e sem queimar.

sábado, 22 de novembro de 2014

Esfiha de Carne




A receita de hoje é tradicionalíssima da cozinha árabe. Mas quem nos deu foi Beatriz, irmã da Iara, que de árabe só tem o gosto pela boa comida. Há muito tempo, quando Chico e Miguel ainda eram adolescentes ela veio do Sul de Minas passar uns dias com a gente trazendo Eduardo, Denise e Léo, os filhos dela, adolescentes também. No fim de semana ela resolveu fazer esta esfiha, fez uma quantidade grande. Depois de tudo assado fomos ao cinema. Os meninos ficaram todos em casa e não hesitaram, chamaram os amigos, abriram os refrigerantes que estavam na geladeira e mandaram ver, Comeram até se esbaldar, deixaram algumas para que a gente comesse no lanche depois do cinema. 
 Foi uma sacanagem, mas bem que eles curtiram, fizeram a festa!!!

Para a Massa:

1/2 tablete de fermento biológico fresco
1 colher de chá de açúcar
1 xícara (150ml) de leite morno
1 ovo
1 colher de sopa de manteiga
1 colher de sopa de óleo
1 colher de chá de sal
1 copo de iogurte natural
Farinha de trigo até dar ponto

Misture o fermento com o açúcar, acrescente os demais ingredientes e amasse bem. Faça discos de massa.

Para o Recheio 
400gr de carne moída
1 tomate sem pele e sem sementes picado
1 cebola pequena picada
1dente de alho amassado
1 colher de azeite de oliva
Sal
Pimenta do reino
Tempero verde (salsa, cebolinha, hortelã) picado bem fino

Abra a discos de massa com mais ou menos 3mm de espessura e no tamanho que você quer fazer a esfiha. Coloque o recheio cru no centro do disco e una  o disco juntando em três pontos. Asse em forno médio (180 graus).

 Hoje comemos essa esfiha no lanche e a cozinha até agora está perfumada. É uma receita e tanto, aproveite! A gente não usa limão no recheio, se vc quiser pode usar, mas cuidado porque limão quando aquece fica bem ácido. Acho melhor pingar algumas gotas na hora de comer, ou um tabasco. Essa receita vai para os meninos que comeram quase todas as esfihas que a Beatriz fez aquela vez!








domingo, 2 de novembro de 2014

Cantutini


Estou voltando a postar no blog e antes de qualquer coisa tenho que pedir desculpas a todos que me acompanham desde que comecei. Este semestre tem sido muito apertado para mim, muito trabalho, muita viagem, isto  me afastou um pouco da cozinha e, principalmente, das postagens.  Me custou bastante a correria, principalmente uma crise de hipertensão que me fez cancelar compromissos e deu um trabalho medonho estabilizar. Agora parece que as coisas retomam a normalidade e volto a cuidar das receitas que posto para os amigos. Vou recomeçar com uma receita clássica da confeitaria toscana, um biscoito que quem já come com certeza nunca mais esquece, principalmente que pelo ritual em torno dele: molhado no Vin Santo da Toscana.  

125 gramas de amêndoa 
175 gramas de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
2 ovos + 2 gemas
2 colheres de chá de fermento em pó ou 1/2 colher de sopa de sal amoniaco.
1 pitada de sal
Casca de uma laranja ralada
Baunilha a gosto 

Misture todos os ingredientes e amasse. Quando a massa estiver lisa e homogênea faça um grande cordão. Divida esse cordão em partes de acordo com o tamanho (comprimento) da forma que você vai usar para assá-los. Forre a forma com papel manteiga, distribua os cordões no sentido do comprimento deixando uma distância entre eles e asse no forno a 180C até que fiquem dourados. Retire do forno deixe amornar, desenforme e com uma faca de cozinha (não use faca de cortar pão, a serra quebra as fatias) e corte os biscoitos na diagonal antes que esfriem. Espalhe na forma e leve novamente ao forno com temperatura mais baixa para secarem. Quando o biscoito estiver seco está pronto. Sirva este biscoito com Vin Santo,  Marsala Doce, com vinho de sobremesa tipo colheita tardia ou Porto.

Conta a lenda que esse biscoito é originário da cidade de Prato, na Toscana. Prato é uma cidade muito próxima de Florença. É um ótimo bis

coito para finalizar um jantar e come-se molhando o biscoito no vinho. Outra alternativa é servi-lo acompanhado de cafezinho. 
Espero com esta receita fácil e deliciosa ter me redimido por ter ficar três meses distante do blog.
Esta receita vai para todos o amigos que sempre consultam o blog e principalmente para Maria Luiza Andreazza, que me mandou uma foto de Cantutini 
   

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Batata Assada com Vinho Branco e Casca de Laranja




Essa batata é um receita clássica da cozinha italiana. Quando você pensa na combinação do título, batata, vinho branco e casca de laranja acha estranho, não? Pois bem eu achei. Mas depois que fizemos a primeira vez aqui em casa todo mundo achou ótimo. Então experimente, é muito fácil e fica ótima.

Ingredientes:

600 gramas de batata
2 cebolas cortadas em fatias finas ou pétalas
1cabeça de alho separada em dentes
200 gramas de tomate cereja
3 colheres de sopa de azeite
150 ml de vinho branco seco
1 colher de chá de orégano seco
Casca de uma laranja

Descasque as batatas e corte aos meio no sentido do comprimento. Corte cada metade novamente ao meio no sentido do comprimento. Descasque a laranja em tirinhas muito finas, sem a matéria branca que fica entre a casca e os gomos (isto deixa a casca amarga). Misture a batata, a casca da laranja, a cebola e os tomates com  o sal, a pimenta e o orégano. Junte o azeite e o vinho e misture bem. Coloque no forno quente a 200 graus. Leva mais ou menos uma hora para assar. Sirva quente acompanhando uma carne sem molho. Esta quantidade rende 4 porções. Se vc conseguir o tomate com os cabinhos sua batata vai ficar mais bonita.

Quero aproveitar para me desculpar por não ter postado quase nada nos últimos dois meses, ando com muita coisa pra fazer e quase não tenho tido tempo para o blog. Tenho várias receitas na fila, entre elas uma de Cantuccini, aquele biscoito de amêndoas da Toscana que se come molhando no vin santo. Mas esta fica pra semana que vem. Esta receita é para minha querida amiga Tânia, que cozinha muito bem e de quem gosto muito.


domingo, 22 de junho de 2014

Polenta com Tomate Assado e Gorgonzola




Esta receita é tradicional da cozinha italiana.  Simplicidade, sabor e beleza não lhe faltam, fácil de fazer e claro muito barata. Esta é uma boa receita para qualquer refeição, ainda mais agora que começa o frio. Estou com várias receitas pra postar, mas o tempo não tem permitido, final de semestre, viagens e um pouco de preguiça tem pesado bastante. Peço que me desculpem a falta de postagens, a última foi em maio, mas prometo que de julho pra frente postarei com mais assiduidade.

Para a Polenta 

2 Copos de fuba ou de mistura pré-cozida
4 copos de água fria
1 colher de sobremesa rasa de sal

Recheio

300g de queijo Gorgonzola (esfarelado) para o recheio e para espalhar como cobertura

Cobertura

Tomate cereja
Queijo gorgonzola ou parmesão ralado
Orégano
Pimenta do reino moída
Sal
Azeite

Comece fazendo a polenta. Misture o fubá ou o preparado para polenta com a água fria, junte o sal. coloque sobre a chama e mexa para não embolar. Continue mexendo, no início mexa sem parar uns 15 minutos. Depois pode mexer de tempos em tempos. Esta polenta tem que ser mole ou cremosa, pois depois ela vai para o forno. Se fizer com mistura pronta, 15 minutos de fervura tá mais que bom. Se for fubá uns 35 e já está cozida. Se vc perceber que a polenta está dura, acrescente mais água (quente) ao poucos e vá mexendo. Essa medida de 4 copos de água para dois de fubá é aproximada, pois depende do tempo que vc deixa no fogo
Passe manteiga numa assadeira que possa ir à mesa e despeje metade da polenta. Espalhe os pedaços de gorgonzola sobre a polenta e cubra com o restante que ficou na panela.  

Prepare os tomates

Face um corte em forma de cruz bem de leve nos tomates (se eles vierem com cabinho não faça o corte, só tempere) . Espalhe um pouco de sal em cada um, a pimenta e o orégano. Regue com azeite e coloque sobre a polenta. Espalhe sobre a polenta um poco de gorgonzola ou parmesão ralado, mas não cubra os tomates.Leve a assadeira no forno até os tomates murcharem, que é quando estão assados.

Fiz duas coisas nessa receita que se os italianos da minha terra souberem vão me dar bronca. Disse pra misturar o fubá na água fria (isto porque na água quente ele embola). Nunca vi na minha casa começar polenta com água fria, a água estava sempre fervendo e a polenta não ficava embolada. Minha mãe colocava um monte de farinha sobre a água fervendo e com a mescola fazia uma cruz na farinha e começava mexer. A cruz era para que a farinha não embolasse. Minha cruz nunca deu certo, talvez por que seja ateu. A outra barbaridade foi dizer que pode fazer polenta com mistura pré cozida. Provavelmente serei acusado de preguiçoso, mas va lá. Ecco una bela ricetta. Saluti a tutti!
Lígia, depois que vc voltar das férias vou fazer pra você.



domingo, 11 de maio de 2014

Mix de Arroz com Bacalhau



Este mix de arroz com bacalhau a Iara fez hoje para o almoço. Uma comida simples, porém deliciosa e que dá muito pouco trabalho. Para tanto basta que vc tenha uma posta de bacalhau já sem o sal, isto é o que a gente faz sempre quando compra bacalhau. Compra e dessalga uma quantidade maior do que será usada e depois é so congelar. Adianta o serviço e vc pode fazer do bacalhau um coringa quando quer uma comidinha melhor.

O Bacalhau

Um bom pedaço de bacalhau já dessalgado (calcule umas 200 gramas por pessoa)
Cebola
Alho
Pimentão em tiras 
Azeite de oliva 
Pimenta do reino moída na hora

Cozinhe o bacalhau dessalgado em bastante água até que ele esteja macio. Retire a pele as espinhas. Separe em laminas ou pedaços, sem desfiar. Refogue uma boa quantidade de cebola,  alho e pimentão numa frigideira com azeite de oliva, sem deixar queimar, só amolecer. Junte o bacalhau com um pouco da água do cozimento, tampe e deixe cozinhar. Na hora de servir polvilhe com salsa picada e folhas de manjericão miúdo.

 O Arroz

Arroz integral (use o tipo cateto que é melhor)
Arroz vermelho
Arroz preto
Alho
Cebola
Azeite de oliva
Sal a gosto

Para uma xícara de arroz  vermelho e uma do integral coloque uma xicara de cafezinho de arroz de  preto. Lave o arroz e deixe escorrer. Numa panela junte o azeite de oliva, o alho e a cebola picada e refogue. Na sequência coloque o arroz e acrescente a água ( mais ou menos 4 xícaras de chá para cada xícara de arroz).  Salgue e deixe cozinhar. O arroz deve ficar al dente, mas não cru.

Fácil, não? E sem nenhum segredo, fica uma beleza esta combinação.   Como vc pode ver na fotografia complete o prato com legumes cozidos no vapor, temperados com sal, azeite, pimenta do reino e umas gotinhas de vinagre de vinho. Não é salada é so para dar um fundo ácido. Cozinhe os legumes que vc tiver em casa, não precisa ser os que aparecem na foto. Mas cuide muito para que os legumes não passem do ponto e fiquem mole, percam sua cor original, como o brócolis e a couve de alguns restaurantes por quilo. Legume bom é quando fica crocante. Quando passa do ponto é ruim demais! Esta receita é para nossa querida amiga Laudícia Holanda, que adora bacalhau e também arroz integral.


 




sábado, 3 de maio de 2014

Chipa Paraguaia




Esse biscoito de polvilho é muito comum no Paraguai, é vendido na rua. As pessoas carregam o biscoito num cesto envolto em toalhas e oferecem aos passantes. É bom para um lanche rápido, daqueles que a gente faz caminhando quando a fome aperta. É uma receita muito simples e prática, mas como toda a receita que vai polvilho é importante seguir as proporções, senão não da certo. Já tentei fazer sem queijo fresco e virou uma porcaria.

1 xícara de polvilho doce
1 xícara de polvilho azedo
200 gramas de queijo minas fresco
2 colheres de  queijo parmesão ralado 
2 colheres de margarina
1 ovo
1 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal
Leite para dar ponto.

Amasse bem o queijo fresco. Misture os demais ingredientes e amasse tudo. Coloque leite aos poucos até no ponto d fazer meia-luas com a massa. Coloque em forma untada com óleo em asse em forno quente (210 graus).

Fácil, não? A Iara fez ontem para o lanche da noite, ficaram uma beleza. Imagine comer com bem quente com um pouco de manteiga? Impossível resistir. O polvilho doce faz com a casca fique crocante.  Outro dia Lalau postou no facebook um biscoito de polvilho, como boa cozinheira que é, aqueles biscoitos devem ter ficado ótimos. Lalau, mineira que cozinha muito bem, essa receita é pra vc, mas em troca me mande a receita do biscoito.


sábado, 26 de abril de 2014

Pão Saloio





Quem me falou desse pão português foi Laudícia, uma amiga cearense muito querida. Ela falava desse pão com um gosto imenso, que me deixava imaginando como deveria ser bom. Me contava que era um pão português rústico, cascudo e com uma massa muito leve. Ela não tinha a receita, mas eu prometi que ia procurar e fazer esse pão da roça (saloio, significa da roça). Pois ontem fiz e ficou de fato uma maravilha. Espero Laudícia que corresponda ao que vc come nas suas idas e vindas para Lisboa.


500 gramas de farinha de trigo de boa qualidade
1 colher de café de sal e mais uma pitada
1xicara mais 3/4 de água morna
1/2 tablete de fermento (eu prefiro o Itaiquara)
1 colher de sobremesa bem cheia de manteiga
1 colher mas 1/2 de sobremesa de óleo de cozinha (não use azeite)

Junte à agua morna o sal, o óleo, a manteiga e o fermento. Mexa até ficar tudo diluído e bem misturado. Acrescente a farinha, amasse uns 15 minutos ou mais. A massa fica meio mole, mas dá para formar uma bola. Cubra com um pano e deixe crescer por umas duas horas ou até dobrar de tamanho. Modele os pães (bolas), coloque num tabuleiro e deixe na geladeira no mínimo 2 horas. O ideal é que fique por umas 12 horas. Aqueça o forno a 180 graus e coloque os pães. É importante só retirar da geladeira na hora de por no forno, o choque térmico ajuda na formação da casca. 

A receita acima foi retirada de uma matéria sobre a Gruta de Santo Antonio, restaurante português de São Paulo.
 Fico pensando neste pão quentinho com manteiga e café, ou então para acompanhar uma sopa ou mesmo um copo de vinho. Laudícia, postei essa receita pra você que como exímia cozinheira vai fazê-lo melhor que eu. Depois divida a receita com a Rejane que também gosta de cozinha. Estou pensando fazer este pão e recheá-lo com creme de Gorgonzola.


domingo, 6 de abril de 2014

Inhoque com Recheio de Gorgonzola




Este inhoque é uma beleza e muito fácil de fazer. Outro dia fomos na Cantina do Délio aqui em Curitiba com Alfio e nossa querida amiga Anete Ivo que veio fazer uma conferência no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Anete e Iara pediram este inhoque. Quando vi pensei vou fazer. Durante o jantar elogiaram tanto, que não tive dúvida. Não sei se esta é a receita da Cantina, mas ficou muito bom. 

Porção para três pessoas.

Recheio

150 gramas de mussarela ralada
250 gramas de gorgonzola amassado.
Misture tudo, amasse com a mão e faça bolinhas. Ponha na geladeira enquanto vc faz a massa. 

5 batatas inglesas médias cozidas com casca
2 ovos
2 xícaras de farinha (ou mais. A quantidade depende do tamanho do ovo). 

Cozinhe a batata e deixe esfriar (faça isto na véspera). Descasque e passe no espremedor. Junte à massa da batata os ovos e a farinha de trigo. Amasse muito bem. Se ficou muito mole junte mais um pouco de farinha. O ponto está bom quando não grudar mais na mão. Faça um rolo com a massa da grossura do buraco que resulta da junção   do polegar com o indicador (prática essa medida, não?). Corte fatias de mais ou menos 1/2 cm de largura. Abra na mão cada fatia para que fique como se fosse um pequeno disco. Coloque a bolinha de gorgonzola sobre o disco, cubra com a massa e role na mão e fazendo uma bolinha. Este é o melhor pedaço da receita, quem não brincou de fazer bolinha de massa quando criança? Deposite numa superfície enfarinhada.


Molho:

30 gramas de funghi sechi (mais ou menos)
Azeite de oliva e manteiga em proporções iguais
1 fatia de panceta ou bacon
2 colheres de sopa de creme de leite
1/2 cebola média picada fina
1 dente de alho picado
Folhas de louro - opcional
Folhas de Sálvia - opcional
1 ramo de estragão - opcional
2 ramos de tomilho - opcional
Sal e pimenta do reino moída

Lave muito bem o funghi e hidrate normalmente. Pique a cebola e o alho e refogue na manteiga com azeite de oliva. Pique o funghi e coloque com a água na panela com a cebola e o alho. Acrescente a água do funghi, as folhas e ramos verdes e vá cozinhando, juntando água aos poucos. Quando o funghi estiver cozido, junte o sal e a pimenta. Numa frigideira doure o bacon ou a panceta picados bem miudinhos. Acrescente ao molho e deixe ferver alguns minutos. Retire as folhas de louro e os ramos do tomilho, da sálvia  e do estragão e acrescente o creme de leite. Mexa muito bem e abaixe o fogo ou desligue.
Para cozinhar o inhoque coloque bastante água com sal numa panela e quando estiver fervendo coloque os inhoques. Mexa cuidadosamente para que não grudem no fundo da panela. Quando subirem calcule entre três e cinco minutos de fervura. Retire os inhoques, jogue na panela do molho, misture bem e sirva. Polvilhe com sálvia, tomilho e estragão. Acompanhe  um bom queijo ralado.

Parece omplicado, mas não é! Não levei mais de uma hora para fazer para o almoço hoje. Claro que não conta aí o tempo de cozimento das batatas. Ficou uma beleza. Chamei Lígia para almoçar com a gente. Ela e a Iara aprovaram e me autorizaram a colocar no blog, portanto tem garantia. Esta receita é para meu amigo Sergio Adorno, que nos presenteia com muitas delícias, aos domingos, no facebook.



terça-feira, 11 de março de 2014

Arroz Com Pato



Esta receita resolvi fazer depois que a Laudícia esteve aqui e falou de um ótimo arroz de pato feito em Portugal por uma amiga. Também fiz porque queria aproveitar umas coxa de pato que tinha no freezer e não estava a fim de fazer as clássica coxas de pato assadas ou coxa de pato com molho. Achei que ficou boa, mas poderia ter ficado melhor se tivesse encontrado ervilha aqui em Curitiba. Agora já tem, vi que a Iara  comprou ontem.
Então esta receita é para Laudícia, mas não é a receita portuguesa, pois não coloquei choriço, nem pus no forno.

Prepare as coxas de pato:

1 kg de coxas de pato
Sal
Pimenta
Alho
Sávia
Tomilho
Manjerona ou óregano fresco

Prepare o arroz

2 1/2 Xícaras de arroz agulhinha
Óleo para fritar
1/2 copo de vinho branco seco
Cenoura em cubinhos
Ervilha
Cúrcuma a gosto
Sal

Tempere o pato com algumas horas de antecedência e deixe pegar gosto, de preferência faça isto um dia antes. Numa panela com óleo doure as coxas do pato.  Retire as coxas da panela, descarte o óleo e deixe as raspas que grudaram no fundo da panela. Cozinhe o pato usando água até ficar bem macio e formar uma boa quantidade de caldo. Retire as coxas, separe as peles e descarte, retire a carne do osso. Volte a carne para a panela.  Frite o arroz como ase vc fosse fazer arroz branco numa outra panela. Quando estiver frito, coloque o arroz na panela com a carne e o caldo, acrescente  meio copo de vinho branco, a cúrcuma para dar cor e sabor. Junte os cubos de cenoura e a ervilha e deixe cozinhar. Se precisar acrescente água fervente aos poucos. Quando o arroz estiver cozido, desligue o fogo e deixe descansar uns cinco minutos com a panela tampada. Cuide para o arroz não ficar muito seco, é bom que tenha uma certa umidade. Pique cebola verde e jogue por cima na hora de servir. Acompanhe com queijo ralado.

Para fazer este arroz usei o mesmo princípio da galinhada, só que na galinhada a gente não separa o carne do osso. Os portugueses, pelo que soube, cozinham o arroz separado, e depois de montar o prato levam ao forno. Esta receita rende uma boa refeição para 4 pessoas e ainda sobra um pouco para esquenta, que fica melhor ainda. Laudicia, ésta receita é pra você.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ravioli de Costela


Quem acompanha este blog percebeu que fiquei um mês sem postar nada. Isto não significa que não fizemos comida em casa, de jeito nenhum! O que aconteceu foi que tirei férias, saí de Curitiba duas vezes. Voltei no final da semana passada. Hoje retomo as postagens com uma receita muito simples, um ravioli de costela de boi. Não tem nenhum segredo, é muito fácil, basta ter um pouco de disposição. Você faz a costela para uma refeição e com as sobras faz o recheio do ravioli.

Fazendo a Costela
 1 bom pedaço de costela minga
Sal
Pimenta do reino moída
Papel celofane para empacotar a carne

Compre um bom pedaço de costela minga. Explique que vc vai assar no papel celofane - no forno ou na churrasqueira - que o açougueiro vai saber o que vc quer. Não pode ser só ripa, aí vai faltar carne. Agora se vc não quer assar pode fazer a costela na panela de pressão, mas melhor é assá-la. Tempere a costela com sal e pimenta do reino, embrulhe no papel celofane e ponha no forno ou na churrasqueira. Deixa lá umas duas horas e meia. Ela vai ficar super macia. 

Para a massa

100 gr de farinha por pessoa
1 ovo inteiro por pessoa
1 Colher de chá de cúrcuma

Misture a farinha com a cúrcuma. Faça uma cavidade no meio da farinha e coloque os ovos. Misture e amasse muito bem. Se vc perceber que está dura coloque mais ovo - to pensando em ovo médio, ou um pouco de água morna. Depois de bem amassada faça uma bola e deixe descansar. A massa tem que ficar em ponto de poder ser aberta com rolo ou máquina.

Fazendo o Recheio

Carne da costela
Pimenta do reino
Sal 
Tempero verde (salsa, cebolinha, tomilho, estragão e sálvia , ou o que vc tiver em casa)
Nóz moscada ralada

Descarte a gordura da carne e pique muito fina ou passe no processador com os temperos. Prove o sal. Lembre-se que tem que ficar um pouco mais forte de sal, porque a massa e a água do cozimento do ravioli absorvem bastante sal. Só não exagere. Se sobrou raspa na forma do assado, descarte a gordura e junte a raspa a esta massa, antes de salgar. Misture com a mão, o recheio fica meio pastoso. 

Montando os Raviolis

Abra a massa bem fina e corte tiras com o dobro da largura do tamanho do ravioli que vc quiser fazer.  Coloque o recheio em uma parte da massa, espaçados,  de forma que vc possa dobrar sobre ele a outra parte da massa e separar um do outro cortando. É como se vc pegasse uma folha de papel e dobrasse uma metade sobre a outra. Aperte bem e corte nos intervalos. Aperte novamente com garfo toda a volta do ravioli, espalhe fubá sobre a mesa e sobre ele os raviolis. Existe uma forma própria para fazer  raviolis que facilita o trabalho,  vc pode comprar em lojas de utensílios de cozinha.
Cozinhe os raviolis em bastante água com sal e sirva com um bom molho de tomate e queijo ralado.

Aqui em casa a gente faz uma quantidade grande cada vez, deixa secar, coloca num tabuleiro no freezer e quando estiverem congelados guardamos em saco plástico as porções. Domingo fiz a costela para o almoço, pensando não no almoço, mas no que sobraria para fazer ravioli. Quando fiz esta receita estava pensando na Bia Ilari, que uma vez me ajudou cozinhar uma panela enorme de ravioli,  para um jantar. Lembra Bia?





sábado, 18 de janeiro de 2014

Berinjela Mediterrânea


Berinjela mediterrânea é meio piada, como pode uma berinjela não ser mediterrânea? Va lá... como se dizia na minha casa. Na verdade esta receita é uma espécie de caponata, só que além dos ingredientes tradicionais da caponata acrescento amêndoas, nozes e figo iraniano. É muito fácil e não dá trabalho nenhum, o forno se encarrega de fazer por vc. 

Ingredientes:

2 berinjelas médias
1/2 Pimentão amarelo
1/2 Pimentão vermelho
5 Dentes de alho
1 Punhado de passas brancas
1 punhado de passas pretas
1 punhado de amêndoas
1 punhado de nozes
1 punhado de figo seco
1 punhado de azeitonas verdes sem caroço ou fatiada
2/3 de xícara de azeite de oliva
Orégano seco
Alecrim seco
Tomilho seco
3 folhas de louro
sal a gosto
1 colher de café de vinagre balsamico
1 colher de sobremesa de vinagre de vinho
1  xícara de água

Modo de Fazer : 

Corte a berinjela, os pimentões em cubos, se quiser tire a pele dos pimentões. Escalde a berinjela com água fervendo e deixe escorrer. Junte todos os ingredientes numa forma refratária, misture bem e ponha no forno. É importante cobrir a forma para os legumes não queimarem. Mexa de vez em quando e junte mais água se for necessário. Sirva frio com pão.  Ta aí uma boa refeição e que dizem faz muito bem pra saúde, pro coração, pro fígado e pro colesterol, va lá..... Se isto é verdade não sei, mas para o paladar com certeza faz. O picante da berinjela com o adocicado das frutas fica uma combinação perfeita. Se vc achar que ficou meio seca acrescente azeite a hora que quiser

domingo, 12 de janeiro de 2014

Moela com Salsão




Esta receita é uma homenagem a Haquira Osakabe e a  seus amigos: Lalau, Rosa, Teté, Masa, Enyd, Lígia, Jonas, Tania, Hilari, Ana, Anamaria, Iara,  Sirio e  Raquel com os quais compartilho essa memória. Lembrar Haquira não tem muito sentido, pois ele nunca foi esquecido. Isto aqui portanto é só um registro, nem sem se tem importância dado o que Haquira representa para todos nós. Acho que é só  uma saudade que nos pega no contrapé, essas coisas  que a vida apronta e nos surpreendem sempre. Aprendi com ele esta receita maravilhosa, que para esses dias de calor é perfeita e para os dias de frio também, por que não?

Cozinhando a Moela

Moela de galinha
Alho
Cebola inteira 
Louro
Pimenta do reino em grão
1 talo de salsão
Sal
Ramos de Salsa e Ramos de Cebolinha inteiros

Para o Molho

Caldo coado do cozimento da moela
Pimentão vermelho 
Pimentão amarelo
Cebola   
Salsão
Alho
Salsa 
Cebolinha picada
Azeite de oliva
Suco de limão
1 pitada de pimenta do reino moída

Limpe a moela e cozinhe  com o sal, o louro, a pimenta do reino, alho e uma cebola média, slasão e folhas de salsa e cebolinha. Depois que estiver cozida deixe esfriar. Coe e reserve o caldo que será usado para o molho. Pique a moela em pedaços pequenos e coloque na tigela que vai à mesa. Junte o caldo  coado até cobrir a moela. Retire a pele das fatias de pimentão (isto vc consegue facilmente com uma faca bem afiada) e pique em pedaços pequenos. Pique o salsão e a cebola (1 média) e com a moela. Acrescente  suco de limão na quantidade que somente dê um leve toque ácido (cuidado com a quantidade para não ficar ácido além da conta, é um toque mesmo)! Junte o azeite de oliva, corrija o sal e a pitada de pimenta do reino. Coloque na geladeira para que o caldo se solidifique e adquira a consistência de gelatina, o ideal é fazer um dia antes de servir.

Tenha muito cuidado com o sal e o limão, busque o equilíbrio sem que nenhum dos dois se predomine. Aliás, equilíbrio era uma marca do Haquira, portanto este prato, como os demais, precisa respeitar o equilíbrio entre os ingredientes, nenhum deles deve se sobrepor aos demais. Quem conviveu com Haquira, sabe o quanto ele  prezava este princípio na vida. Então salve nosso saudoso amigo!!!   






quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Pão com Linguiça



Toda vez que a gente vai na pizzaria  Bresser aqui em Curitiba o Chico pede pão com linguiça como entrada. E haja massa! Tem coisa melhor que uma massa de pão ou de pizza quando é feita no capricho? Duvido que alguém dispense. Pra resolver caseiramente essa questão  fiz um pão recheado com linguiça calabreza. Esta receita foi inspirada num panetone de sal (isto existe?) que comi na casa da Beatriz, minha cunhada, em Eloi Mendes. Na verdade era um pão com linguiça em forma de panetone, que ela tinha feito. Estava meio gorduroso porque tinha bacon, mas irrestível!  Eu fiz a minha massa de pão sovado e incrementei o recheio com damasco no lugar do bacon, tudo a ver!  E na cobertura além do queijo e do orégano coloquei semente de papoula e um tico de pimenta do reino moída na hora. Vamos lá, pro pão recheado com linguiça.

Comece o pão pelo fermento

1/2 tablete de fermento biológico
1/2 xícara de água morna
1/3 de xícara de farinha de trigo
2 colheres de café de ácucar

Esfarele o fermento numa vasilha e despeje a água morna. Mexe bem até o fermento derreter. Junte o açúcar e farinha e mexa até formar um mingau. Deixe crescer. O fermento estará crescido quando a superfície estiver cheia de bolhas e o volume aumentado. Neste momento amasse o pão.

Para o Pão
2 Xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa generosa de gordura ( margarina ou banha de porco)
Sal a gosto (uma colher de sobremesa rasa é mais do que suficiente)
1/2 xícara de água morna

Na vasilha em que vc preparou o fermento junte os ingredientes do pão e amasse bem. A massa deve ficar numa consistência firme que possa ser aberto com o rolo ou  no cilindro.  Sove muito bem com a mão sobre a mesa (no mínimo uns dez minutos), faça uma bola com a massa e deixe crescer coberta com um pano. Enquanto isto prepare o recheio. As proporções dos ingredientes da massa são aproximadas, portanto  pense numa massa que não gruda no fundo da vasilha, nem na mesa na hora de abrir. Se vc quiser pode usar esta massa para fazer pizza e outras delícias.


Para o recheio

1 gomo de linguiça calabreza picada
1 colher de azeite de oliva
Passas pretas e brancas (opcional)
Azeitonas picadas (opcional)
Damascos picados (opcional)
Orégano seco.
2 colheres de farinha de trigo

Pique a calabreza e frite um pouco no azeite de oliva, junte os demais ingredientes e misture tudo. Deixe esfrirar.

Montando o Pão

Abra a massa com o rolo na espessura de mais ou menos 1/2 centimetro e vá montando o pão como se monta um rocambole:  distribua parte do recheio e cubra com a massa, nova porção de recheio e massa e assim prossiga até terminara o recheio e a massa. Talvez vc nunca enrolou rocambole, mas  provavelmente já fez rolo de papel. O processo é o mesmo. Feito isto, enrole o pão como um caracol. Deixe crescer novamente.

Antes de assar faça a Cobertura
1 gema de ovo
Orégano seco
Pimenta do reino
Semente de papoula (que tá difícil de conseguir)
Queijo ralado

Com o pincel passe a gema de ovo sobre o pão, espalhe os demais ingredientes e ponha para assar por mais ou menos 50 minutos em forno com temperatura de 180 graus. Bom vc conhece seu forno, portanto deixo isto a seu encargo.

Esta receita obviamente é para o Chico e a Simone, que são chegadinhos num pão recheado com linguiça. Amém!!!




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Bolo de Sorvete com Calda Quente de Chocolate




Esta receita é Iara quem faz e faz maravilhosamente bem. A primeira vez que comemos esse pão-de-ló com sorvete foi numa viagem a Misiones, Argentina, lá pelos inícios de 80. Os meninos eram pequenos e fomos na Brasília 1978, que nos acompanhou durante 14 anos. Fazia o maior sucesso para vergonha dos meninos quando entraram na adolescência e já não se fabricava mais Brasília. E o barulho do motor daquela peste enchendo a cabine, quem teve Brasília sabe do que estou falando. Era um tal de sair de Campinas e ir até o interior do Rio Grande do Sul, viagem para dois dias porque a gente não aguentava o desconforto, o calor e  a impaciência dos meninos. Esta viagem para Misiones foi feita antes de sairmos de Ijuí. A Lígia foi com a gente e foi um divertimento só, aquelas viagens que a gente só faz porque tem trinta anos, hoje não faria nem a pau! Lembro que na volta poderíamos comprar uma peça de queijo cada um, cada adulto, claro. Compramos três queijos enormes, um provolone que mais parecia uma abóbora e outros dois, um parmesão e o terceiro não lembro. Quando chegamos em Ijuí levamos para açougueiro nosso vizinho dividi-los na serra de carne. A parte da Lígia acabou em Salto e a nossa ali em Ijuí mesmo!

Para o Bolo

3 discos de pão-de-ló
200 gramas de amêndoas
1 pote de sorvete de creme
1/2 caixa de creme de leite (dissolver com um pouco de leite para regar o pão-de-ló)


Para a Calda de Chocolate Quente

1 xícara de água
100 ml de caro
3 colheres de sopa de chocolate em pó (melhor é aquele do padre)
6 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sobremesa de vinagre


Pele e torre as amêndoas no forno. Quebre-as com o rolo de abrir massa ou com o martelo de bater carne. Para isto abra um pano de prato sobre a mesa, espalhe as amêndoas e cubra com a parte que sobrou do pano. Bata com o martelo ou passe o rolo. Cuide par não moer as amêndoas.  Forre uma forma de bolo(daqueles que a gente pode abrir) com papel manteiga e espalhe um punhado de amêndoas, sobre estas espalhe uma camada do sorvete. Dissolva o creme de leite com um pouco de leite e espalhe um pouco sobre o pão-de-ló. Coloque o primeiro disco de pão-de-ló sobre o sorvete. Repita tudo outra vez, até acabar os discos de pão-de-ló. Cubra o último disco com soverte e amêndoas. Cubra com papel manteiga e ponha no congelador.  Retire o bolo de sorvete uns minutos antes de servir, desenforme e aproveite.


Calda Quente de Chocolate 

1 e 1/2 xícara de água
100 ml de caro
3 colheres de sopa de chocolate em pó (melhor é aquele do padre)
5 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sobremesa de vinagre

 Junte os ingredientes numa panela e leve ao fogo, mexa para não derramar e deixe engrossar. Na hora de servir e só esquentar. Derrame sobre a fatia de bolo.

Esta receita é muito simples, vc não precisa se bater para fazer o pão-de-ló, qualquer confeitaria vende isso a preço de banana. Esta combinação de pão-de-ló com sorvete de creme e amêndoas sob a forma de bolo é bem clássica, porém vc pode fazer com sorvete de chocolate e calda de frutas vermelhas. Aí depende o seu gosto.
Esta receita é para a Lígia Negri e seus irmãos Valentina e Fúlvio que comeram os queijos da famosa viagem e a Lígia comeu muitas vezes esse sorvete na Argentina e lá em casa!

Vinagrete de Andu


Conheci andu ainda criança no interior do Rio Grande do Sul. Na casa da minha irmã tinha um arbusto que dava uma ervilha que comíamos verde. Chamavam ervilha de árvore. Quando o grão secava virava ingrediente de ração para os porcos. Este era o destino da deliciosa ervilha de árvore que, quando verde, era usada em molhos de macarrão, sopa e c carne picada. A carne picada com molho era a forma mais comum de comer esse grão e na verdade era a mais gostosa. Fui comer andu seco e com este nome, pela primeira vez, depois que conheci a Iara que como boa mineira herdeira da cozinha tradicional da avó paterna e da mãe. Depois disso o andu nunca mais saiu de nossa mesa e aparece muito sob a forma de feijão tropeiro. Quem já comeu este feijão sabe muito bem do que estou falando. Este post traz uma receita de andu preparado como vinagrete, e é ótimo para acompanhar carne assada ou então um peixe frito.

1 xícara de andu seco
Pimentão vermelho
Pimentão amarelo
Cebola
Sal
Pimenta do reino moída na hora
Salsa
Cebolinha
Azeite de oliva
Vinagre 

Cozinhe o andu fora da pressão para poder controlar a consistência. Os grãos devem ficar cozidos, mas inteiros. Deixe esfriar. Pique bem miudinho os pimentões e a cebola. Misture ao andu frio, tempere com sal, azeite, a pimenta e um pouquinho de vinagre (muito pouco mesmo). Misture a salsa e a cebolinha bem picadas e sirva.

Esta receita faz parte da recuperação de comidas tradicionais boas, baratas e muito fácil de serem feitas. Esta riqueza da cozinha brasileira tem andado meio desvalorizada e esquecida. Comemos isto na noite de Natal, acompanhado de um tender e uma farofa de manteiga com cebola. Ficou ótimo!!!