domingo, 18 de dezembro de 2011

Salsa Verde





Salsa verde é um molho italiano, da Região da Liguria. Maravilhoso! Quem fazia muito bem, mais que muito bem, era Dona Lala, mãe da Lígia, Valentina, João e Fúlvio. Deixar como herança esse gosto, esse cheiro,  e as cores dessa comida não é pouca coisa! Só deixa quem pode! Salve Dona Lala!
Nos 90 anos de Dona Lala, Lígia mandou fazer um imã de geladeira com esta receita incrível. Uma coisa que sempre me intrigou é que Dona Lala, bem mais velha que eu, sempre me chamava de Seu Rasia. Quando morávamos em Campinas, nos anos 80, íamos a Salto visitar Dona Lala e seu Annibal, os Negri. A acolhida para Seu Rasia, Dona Iara, Chico e Miguel era incrível e a comida deliciosa. A primeira vez que comi zabaione foi feito por Dona Lala. Até hoje tenho a memória daquele molho, nunca mais comi igual! 
Aqui vai a receita do jeito que está no imã dos 90 anos de Dona Lala ( Claro que com a permissão da Lígia e da Valentina).

Picar bem miudinho:
1 dente de alho,
1 ou 2 filets de alicci
1 grande maço de salsa (é muito mais salsa do que você pensa, um monte mesmo!)
Alcaparras a gosto
1 gema de ovo cozida 
Azeite de oliva extra virgem (bastante mesmo).
Gotas de vinagre  
Sal a gosto (não coloque muito porque tem o sal do alicci)
Numa tigela amassar a gema de ovo com as gotas de vinagre. Acrescentar os demais ingredientes, misturar tudo e cobrir com dois dedos de azeite de oliva extra virgem. Sirva com carne de frango ou de boi (músculo) bem cozida (carne lessa).  Cozinhe a carne como se fosse fazer caldo para sopa. Sirva a carne e reserve o caldo, que poderá ser utilizado para sopa ou para risoto. Para acompanhar batata cozida e porque não um pão italiano. 

Hoje fizemos aqui em casa. Cozinhei frango e músculo enquanto Lígia e Lu chegavam. Lígia me botou pra picar a salsa e Lu fez umas bruschetas maravilhosas com tomate, azeitona preta e alho! E eu incomodando porque como boa fisiologista Lu cortava os tomates como se estivesse fazendo lâminas em laboratório, cubos perfeitos. Lígia prometeu que ia fazer um outro molho italiano hoje, o famoso peperata, mas com o calor desistimos. Faremos no inverno. Marilene, nossa querida amiga da lapeana também veio para o almoço, trazendo um pão artesanal de Natal feito na Lapa. Guardei para comer  quando minha prima Tereza vier de Porto Alegre, no ano novo. 
Descobri porque Lígia me pôs pra picar salsinha: ela tem trauma, porque quando era criança era ela quem picava a bendita da salsinha em casa. Imaginem se fosse hoje Dona Lala ia ter que prestar contas para o Conselho Tutelar da Criança. Mas claro, Lígia não vai ficar barato picar aquele monte de salsa,  vou me queixar para o Conselho Tutelar do Idoso, afinal já passei dos 60. 


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